sábado, 17 de agosto de 2013

Derrotar a direita em Loulé é o caminho para derrotar a troika

No comício do BE em Quarteira, o membro da comissão concelhia de Loulé, Joaquim Mealha produziu uma intervenção que interessa conhecer, pela importância que as próximas eleições autárquicas detêm no contexto de austeridade do país e em particular na perspetiva de uma derrota da direita no município de Loulé:


No Algarve onde a economia ao longo de décadas, tem estado quase exclusivamente focalizada no turismo e em atividades conexas como o imobiliário e a construção - erradamente, mas é a realidade - o tempo de lazer de muitos dos que aqui estão, é tempo de trabalho e de sustento para muitos outros, reduzidos de há muito à sazonalidade, antes de 6 meses, e agora, em grande número, à precariedade de 2 e de 3 meses de trabalho. Aos muitos que nos visitam, temos que reconhecer e agradecer o vosso esforço e nalguns casos sacrifício, pelo gozo merecido de alguns dias de férias na nossa região. Um direito que gradualmente nos vão objetivamente retirando. Vocês fazem mexer a economia real e com ela algum emprego e rendimento para quem consegue encontrar trabalho, embora muitas vezes, precário, abaixo do ordenado mínimo nacional. Esta é a nossa realidade.
Estamos num tempo em que é preciso refletir e agir. E para refletir convosco, quero lembrar alguém que no Bloco muito estimámos e reconhecemos como pessoa, mas que continuamos a estimar e reconhecer pelo pensamento e experiência na ação que nos legou - Miguel Portas. O Miguel esteve aqui ao lado, em Loulé, no dia 9 de Janeiro de 2012, há pouco mais de ano e meio, tinha este governo 6 meses. Disse-nos então o Miguel: "este modelo, o modelo da troika e do governo que se propôs ir além da troika, vai matar tudo o que é emprego...é sobre um cemitério de empresas e de desemprego que a economia depois de ter ido ao fundo, um dia começará a renascer...uma economia exportadora, com salários à chinesa e assente em grandes e sólidos grupos económicos...". Esta é a "fezada" dizia o Miguel.
Este é o objetivo confirmado, podemos nós hoje afirmar, pelo conjunto de medidas postas em prática e anunciadas. Agora já é mais percetível para muitos, o que não foi há dois anos e meio. Estamos a recuar em poucos anos, no que ao longo de dezenas e centenas de anos foi sendo conseguido pelo esforço e pela vida de muitos, em defesa da dignidade das pessoas e da afirmação dos direitos das pessoas e dos valores da humanidade. Mas, porque esta crise económica que se reflete de forma dramática nas nossas vidas, assenta muito numa enorme subversão de valores: os do individualismo e da ganância, acima da cooperação e da solidariedade, os do dinheiro acima das vidas das pessoas...
Permitam-me então, mais uma citação. Recuemos ao século XVII, a padre António Vieira e ao seu célebre sermão aos peixes, pregado a 13 de Junho de 1654 em São Luís do Maranhão no Brasil. Dizia padre António Vieira: " A primeira cousa que me desedifica (escandaliza) peixes, de vós, é que vos comeis uns aos outros. Grande escândalo é este, mas a circunstância o faz ainda maior. Não só vos comeis uns aos outros, senão que os grandes comem os pequenos. Se fora pelo contrário, era menos mal. Se os pequenos comeram os grandes, bastara um grande para muitos pequenos; mas como os grandes comem os pequenos, não bastam cem pequenos, nem mil, para um só grande" e cita ele, Santo Agostinho, século IV: "Os homens com suas más e perversas cobiças, vem a ser como os peixes, que se comem uns aos outros".
Passaram séculos, e apesar do percurso lento, tem-se procurado vir a regular esta selvajaria. Eis agora, que estamos em retrocesso civilizacional galopante. Chegados aqui para onde vamos? Essa é a encruzilhada em que nos encontramos. Vamos para a salvação nacional, assente numa união nacional, para que os peixes grandes (os do BPN, de outros bancos, e outros de que nem conhecemos o rosto) continuem a comer os pequenos e estes docilmente aceitem ser comidos? Ou para uma solução de unidade dos trabalhadores, dos empresários implicados na economia real, aquela que produz e transaciona bens e serviços úteis e necessários à vida de todos nós, assente nos direitos humanos, na solidariedade, na sustentabilidade, na democracia participada, nos direitos à qualidade de vida a que todos e todas aspiram. É desta encruzilhada que temos que sair.
As próximas eleições autárquicas são a próxima e eventualmente das últimas oportunidades que teremos para fazer reverter este caminho. Nestas eleições, como em nenhumas outras após o 25 de Abril, é preciso vencer a mentira, o medo, a chantagem. É preciso não voltar a cair na armadilha de quem promete uma coisa para fazer o seu contrário. O momento grave que vivemos, no concelho e no país, com a destruição da atividade económica, em particular a que é desenvolvida pelas pequenas e médias empresas, com a taxa real de desemprego a ultrapassar os 20%, com a efetiva redução dos salários de quem ainda trabalha, com a destruição dos serviços públicos, com o saque aos descontos para a Segurança Social para pagar dívida a agiotas, comprometendo a muito curto prazo o sistema de reformas, obriga a que coloquemos, antes de tudo, a dignidade e o interesse das pessoas. Nunca as eleições locais foram tão importantes para os portugueses e para Portugal. Cada derrota local dos partidos do governo será um forte contributo para a inversão desta política destruidora. Cada vitória dos partidos do governo será entendida como um aplauso, o sinal de apoio às medidas que estão a destruir a vida dos portugueses e Portugal!
As candidaturas do BE no concelho de Loulé têm, neste contexto, como prioridades:
- Derrotar a candidatura do PSD à Câmara Municipal de Loulé, contribuindo assim para uma derrota nacional desta política e deste governo;
- Propor um novo modelo de gestão municipal e nas freguesias que valorize as pessoas, que potencie os seus saberes, que dê prioridade à criação de emprego sustentado nos recursos existentes, nas pequenas e médias empresas, que assuma como uma prioridade a qualidade de vida para todos.
Espero que um pouco por todos os municípios e freguesias não desviemos a atenção do essencial. Derrotar esta política local e nacional, pela construção de uma sociedade que assente na justiça, na cooperação e na sustentabilidade no uso dos recursos.
Mais informações em esquerda.net

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

BE concorre em Loulé para derrotar a direita


 
Entrega de listas do BE no Tribunal de Loulé: Joaquim Mealha, delegado do Bloco, Carlos Martins, cabeça de lista à Assembleia Municipal e António Almeida, cabeça de lista à Assembleia de Freguesia de S. Sebastião
 







  
BLOCO DE ESQUERDA CANDIDATA-SE EM LOULÉ
PARA VENCER O MEDO E RECUPERAR A ESPERANÇA

O Bloco de Esquerda entregou hoje, dia 5 de Agosto, no Tribunal de Loulé, o processo de candidatura aos órgãos autárquicos do concelho. O Bloco apresentou candidaturas à Assembleia Municipal de Loulé e às Assembleias de Freguesia de Quarteira, S. Clemente e S. Sebastião.
Conforme decisão tomada em Maio, as candidaturas do Bloco no concelho de Loulé têm como principais objetivos:
 - Derrotar a candidatura do PSD à Câmara Municipal de Loulé, contribuindo assim para uma derrota nacional do PSD/CDS, e criando as condições para a libertação do nosso país do jugo dos agentes da especulação financeira internacional e dos seus apoiantes em Portugal;
- Propor um novo modelo de gestão municipal, que valorize as pessoas, que potencie os seus saberes, que dê prioridade à criação de emprego sustentado nos recursos existentes, nas pequenas e médias empresas e que assuma como uma prioridade a qualidade de vida para todos.
O momento grave que vivemos, no concelho e no país, com a destruição da atividade económica, em particular a que é desenvolvida pelas pequenas e médias empresas, com a taxa real de desemprego a ultrapassar os 20%, com a efetiva redução dos salários de quem ainda trabalha, com a destruição dos serviços públicos, com o saque aos descontos para a Segurança Social para pagar dívida a agiotas comprometendo a muito curto prazo o sistema de reformas, obriga a que coloquemos antes de tudo a dignidade e o interesse das pessoas.
O Bloco de Esquerda concorre no concelho de Loulé apenas aos órgãos em que tem todas as possibilidades de eleger autarcas e, com isso, de reforçar a sua capacidade de intervenção, propondo em diálogo com as pessoas medidas que possam resolver problemas e concretizar aspirações e, em simultâneo, fiscalizar a atividade dos executivos da Câmara e das Juntas de Freguesia.
Num tempo difícil para o poder local, cada vez mais subserviente à destruição do serviço público e às regras que favorecem os economicamente poderosos, é fundamental eleger autarcas do BE.
Concorrer a órgãos onde à partida não teríamos possibilidades de eleição seria dividir forças, tão necessárias para derrotar o PSD/CDS, réplica local da política de destruição da vida das pessoas e do país.
Nestas eleições, como em nenhumas outras após o 25 de Abril, é preciso vencer a mentira, o medo, a chantagem. É preciso não voltar a cair na armadilha de quem promete uma coisa para fazer o seu contrário.
Loulé, 6 de Agosto de 2013
BE Loulé | Candidatura Autárquica 2013 |loule2009.blogspot.pt | esquerda.net

Nota: Para eventuais entrevistas e informação complementar, poderão contactar o cabeça de lista à Assembleia Municipal e simultaneamente mandatário da candidatura, Carlos José Martins, telemóvel: 938190110

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Candidato do PSD Loulé quer esconder a sua política austeritária



Carta aberta dirigida ao candidato do PSD, partido do governo,
à presidência da Câmara Municipal de Loulé

O candidato do partido do governo (Helder Martins) brindou os funcionários da Câmara Municipal de Loulé com uma carta personalizada, endereçada ao domicílio de cada um.
Como teve acesso aos endereços pessoais? É a primeira interrogação, dada a existência de legislação sobre proteção de dados que não permite que os mesmos sejam utilizados para um fim diferente daquele para os quais foram fornecidos, sem autorização do visado. Poderá a Comissão Nacional de Protecção de Dados investigar?
“Os funcionários da Câmara Municipal de Loulé são pessoas dignas e capacitadas…”, afirma. Ora é exactamente porque o são, que já perceberam que o objectivo da missiva é amaciar a revolta contra as injustiças que sentem, face às medidas do actual governo que têm tido na Câmara de Loulé uma seguidora convicta.
Ou não foi esta Câmara que retirou algumas regalias aos funcionários de mais baixas remunerações, em atividades mais ingratas, contribuindo também com isso para degradar o serviço prestado à população? Alguém  ouviu o candidato, enquanto deputado municipal, criticar ou combater esta política?
Os funcionários da Câmara, muitos dos quais até votaram no PSD, já perceberam como  é  falsa a conversa de certa gente. Como podem antes, afirmar o contrário do que farão depois?
Estará o candidato porventura esquecido que é dirigente local do PSD e que, como tal, poderia mobilizar outros militantes e dirigentes para exigir internamente a mudança desta política?
Não se desculpe com leis nacionais e com imposições da troika. O seu partido sempre afirmou querer ir para além da troika, quando ainda os portugueses não tinham consciência do significado de tão nefasta palavra. E quanto às leis nacionais, se o poder local não estivesse enfeudado ao seu partido, o mesmo onde se destacam Dias Loureiro, Oliveira e Costa, Duarte Lima, Miguel Relvas, e Passos Coelho e seu governo, haveria de ter batido o pé contra a destruição de direitos e de serviço público.
O que já fez o candidato,  para enfrentar a retirada de direitos e de dinheiro aos que menos têm, para os entregar aos que especulam, aos que a coberto das leis que os favorecem nunca são condenados pelos “desvios”, que todos os que trabalham têm que pagar?
O candidato do PSD vem reconhecer, na sua carta, que "Os tempos de crise agravaram de forma inquietante o nível de vida das famílias, o que as deixa fragilizadas socialmente" e mostra a sua bondade, afirmando que "a autarquia deverá apoiar socialmente os funcionários em situações de necessidade extrema, garantindo-lhes apoio em áreas básicas como a alimentação, a saúde ou a educação dos seus filhos".
Propõe-se ainda, disponibilizar "aconselhamento jurídico e social para os apoiar  em diversas áreas, tendo especial atenção a situações de sobreendividamento". Esquece o candidato a sua qualidade de apoiante do actual executivo da Câmara, que retirou rendimentos aos funcionários, uma das causas das dificuldades por que muitos estão a passar.
Há medidas que fazem sentido, mas quem causou o sofrimento presente, não dá qualquer garantia de ser melhor no futuro.
Primeiro, apoiam-se políticas que atiram as pessoas para dificuldades extremas, depois, acena-se com a caridade de quem tem o poder. Primeiro, retiram-se direitos básicos, depois, promete-se apoio aos necessitados.
Os funcionários da Câmara Municipal de Loulé, como os cidadãos do concelho,  dispensam ser humilhados e subjugados, forçados a pedir-lhe a sua compreensão e  ajuda, que V. Exª poderá deferir ou indeferir!
Respeite a dignidade dos funcionários da Câmara!  
O PSD, em Loulé, tem sido apoiante e seguidor das políticas do governo que nos oprime. O candidato afirma ter orgulho nesse passado. Não vale a pena esconder o símbolo, escrever cartas "macias", pois está mais do que identificado com as políticas de austeridade!
Vamos rejeitar a nova tentativa de logro!
Em defesa da dignidade de todos, venceremos o medo!

Loulé, 31 de julho de 2013
A Comissão Coordenadora Concelhia do Bloco de Esquerda - Loulé
Autárquicas 2013 

sexta-feira, 21 de junho de 2013

HOJE: Buzinão contra portagens no Algarve

O BE de Loulé apela a todos os algarvios e algarvias que se juntem na Marcha Antiportagens que decorre hoje na EN 125 entre Vale Judeu e Boliqueime, a partir das 17h30, com concentração no Café Várzea da Mão. Só a nossa luta intransigente pode travar a destruição do emprego e da economia do Algarve e acabar com a austeridade do governo de direita no país.

domingo, 19 de maio de 2013

Bloco concorre às autárquicas 2013



Bloco concorre às autárquicas  em Loulé
Para derrotar esta política devastadora

Num tempo em que os portugueses são espoliados de direitos fundamentais, em que milhões são empurrados para a pobreza e centenas de milhar para fora do país, quando faltam os princípios éticos elementares aos governantes, cabe-nos a nós, a cada um de nós, combater as políticas que nos afetam a nível local, regional e nacional.
Quando não falta dinheiro para entregar aos especuladores que brincam como se estivessem a jogar no casino e em contrapartida nos afirmam que não há dinheiro para reformas e salários; quando se encerram serviços públicos e se atiram pessoas para o desemprego e a miséria, como se não fossem vidas humanas; quando os que ainda trabalham, vivem em clima de medo sob a ameaça do desemprego; quando  os pequenos empresários vivem a angústia de fechar a porta perdendo o seu ganha pão e o dos seus trabalhadores; quando o governo sabe que a esmagadora maioria dos portugueses não aceita as injustiças das suas medidas, mas persiste e não se demite, é preciso impor-lhes o basta!
Nunca umas eleições locais tiveram tamanha importância. Estas eleições, sendo para as autarquias locais, têm igualmente uma leitura nacional. Nelas se joga o futuro de Portugal e dos portugueses. Todas as vitórias locais do PSD e do CDS, são um reforço a esta política devastadora.
O PSD que concorre em Loulé é a face local de quem desgoverna o país, de quem está a destruir as nossas vidas.
Como o PSD/CDS no governo, o PSD na Câmara e na Assembleia Municipal de Loulé, retira direitos aos trabalhadores com menores vencimentos e dificulta a vida aos que querem criar ou desenvolver uma pequena actividade económica. Em contrapartida tentando iludir os menos informados, abre a porta aos grandes grupos económicos e à especulação, prometendo a criação de milhares de postos de trabalho, quando na verdade está é a contribuir para que cada vez existam mais desempregados no nosso concelho.
Todos temos uma palavra a dizer. Não podemos alhear-nos das decisões que interferem tão decisivamente na vida de cada um de nós, no presente e no futuro.
O Bloco concorre em Loulé, com dois objectivos fundamentais:
 - derrotar a candidatura do PSD à Câmara Municipal de Loulé, contribuindo assim para uma derrota nacional do PSD/CDS, e criando as condições para a libertação do nosso país do jugo dos agentes da especulação financeira internacional e dos seus apoiantes em Portugal;
- propor um novo modelo de gestão municipal, que valorize as pessoas, que potencie os seus saberes, que dê prioridade à criação de emprego sustentado nos recursos existentes, nas pequenas e médias empresas, que assuma como uma prioridade a qualidade de vida para todos .
A candidatura do Bloco é uma candidatura aberta à participação de todos os homens e mulheres honestos, capazes de pensar em si e nos outros, que queiram dar as mãos para, em conjunto, vencermos as dificuldades, construindo uma alternativa viável e mobilizadora para Loulé e para Portugal.
É preciso vencer a mentira, o medo, o egoísmo, a desunião..., contrariando a prática  e os objectivos de quem nos procura escravizar, agora em novos moldes, sem correntes metálicas, mas com os instrumentos de tortura do século XXI, o desemprego, a  fome e os cortes na educação, na saúde e na assistência social.
Vamos juntar forças.
Contacta-nos para: blocoloule@gmail.com
Loulé 12 Maio 2013
A Comissão Coordenadora Concelhia do BE Loulé