A Importância estratégica do C. C. Quarteira
O Centro Cultural de Quarteira não é apenas uma obra importante para Quarteira, ela reveste-se de uma importância estratégica para o desenvolvimento do próprio concelho de Loulé. Em primeiro lugar, trata-se do último grande espaço livre de betão mesmo no coração da cidade. Em segundo lugar, não se poderá reduzir a um espaço de oferta cultural ou de sala de espectáculos indiferenciada, antes deve ser encarado como uma oportunidade de viragem relativamente à ortodoxia que tem dominado o planeamento urbanístico no Algarve.
É consensual que o concelho de Loulé, e em particular, a cidade de Quarteira, tem sofrido “forte pressão urbanística desde os anos 60 do séc. XX”, com as consequências conhecidas de todos. O que o Bloco de Esquerda vem denunciar é que essa pressão não irá desaparecer, nem sequer mitigar, na medida em que o Centro Cultural de Quarteira (CCQ) irá surgir emparedado no âmbito de um projecto imobiliário constituído por 5 blocos de apartamentos, na linha daquilo que se tem praticado na cidade. Também por esta razão, por necessidade de clarificação da política urbanística e do direito à informação, é fundamental trazer para a discussão pública aquilo que se pretende, efectivamente, para aquele espaço. Estamos a falar de uma área superior a 12 mil metros quadrados – além dos aproximadamente
O que está em causa é, sobretudo, uma visão de cidade e de planeamento urbanístico, por um lado, e por outro, de opções políticas relativamente ao princípio da propriedade e do interesse público. Em consequência, o Bloco defende a aquisição da totalidade dos terrenos para afectação a equipamentos de utilidade pública, onde o projecto do CCQ desempenhe um papel de eixo agregador de múltiplas actividades de que não apenas Quarteira, mas todo o concelho de Loulé, carece – negociando-se, nos trâmites da lei, as justas compensações decorrentes de eventuais direitos adquiridos com os proprietários ou a entidade promotora.
Trata-se da concepção de um espaço multifuncional e flexível que compreenda não apenas a exposição (ou a produção esporádica), mas que potencie a riqueza artística e cultural existente na cidade e no concelho. Por essa razão, o Bloco considera fundamental que o CCQ funcione como uma alavanca diferenciadora relativamente à oferta já existente em concelhos limítrofes, numa lógica de atractividade das pessoas, assim como de actividade económica susceptível de romper com a sazonalidade.
Só agora se conhece a opinião do Bloco sobre este amplo espaço do CCQ... Mas, ainda bem que vem dar força às opiniões de Esquerda que têm vindo a ser defendidas pelo PS e também no blog "sebastião".
ResponderEliminarse assim é, melhor. É preciso obrigar a um amplo debate na cidade, ou a cidade perde-se mais um pouco.
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